sábado, 18 de agosto de 2012

Notícia em jornal futurista III

Suprema Corte pensa unificar idioma em seus julgamentos

A Suprema Corte resolveu colocar em debate interno a unificação do idioma falado pelos Ministros durante os julgamentos em plenário. A decisão se deve ao emaranhado de idiomas utilizados, tendo cada Ministro predileção pelo idioma que melhor lhe apraz, o que vem prejudicando a própria comunicação entre eles. Tal fato foi evidenciado no último julgamento do chamado escândalo do Semanão, quando os Ministros não se entendiam nas interpretações e traduções de certas expressões idiomáticas.

O Presidente da Corte, Ministro Apaziguador Shao-Lin, disse no programa Fantástico que o seu voto seria desfavorável à unificação. “Temos um quadro de 400 servidores intérpretes e tradutores à disposição dos Ministros na Suprema Corte. Cada qual que fale no idioma que achar melhor”, explicou o Ministro.

A Ministra Kumiko Mei Maylin discorda do Presidente: “O idioma utilizado deveria ser unicamente o mandarim, já usado na televisão e em todos os manuais de produtos. Hoje em dia, até mesmo as instruções de como colocar fralda em neném vêm escritas em chinês”, disse a Ministra que já foi baby-sitter em sua juventude.

O Ministro Esquiva Falcão é totalmente contrário: “A Corte virou uma torre de babel, ninguém se entende! Tudo seria mais fácil se todos falassem em português, pois acho que esta ainda é a nossa língua”, ironizou o Ministro. Ao ser perguntado sobre a posição contrária de outros Ministros, explicou: “Abroquela-se no desarrazoado a guilda insulsa”.

Já o Ministro Justiniano Alexandrópolus dá preferência ao idioma grego romano. “Melhor seria o latim, mas ninguém mais fala fluentemente este idioma, acho que sou o único”, lastimou o Ministro.

O Ministro decano do Supremo Tribunal Federal, Jing-Quo Yong, concorda com a Ministra Kumiko Mei Maylin: “O português é falado somente nas classes mais pobres; o inglês é língua morta; o latim já foi sepultado há muito tempo; prefiro o mandarim”, sentenciou o Ministro.

Como se vê, o debate será acirrado. A discussão do tema está agendada para o próximo ano, que será o ano do dragão no calendário chinês.

Jornalista Ping Lee Tung da Agência China-Brazil News.

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