Estamos no fim de ano e a crise vai continuar no
próximo. Desemprego, inflação alta, PIB negativo, escândalos, impich, nunca se
viu situação tão péssima na história deste país. E dentre as categorias
sociais, uma, aliás, de destaque nacional pelo universo de participantes, a
categoria Y4 (inventei o código porque não consegui identificá-lo no CNAE),
composta de ladrões (atividade principal) e vagabundos (desatividade
congênere), está desesperada, sem saber mais a quem roubar ou furtar e de quem
receber uma ajudazinha, respectivamente.
O Ministro Levy já foi demitido, mas cumpre aviso
prévio. O Presidente da Câmara se esconde da Oficial da ‘Justiça’ para não ser
notificado. A Presidenta não sabe se arruma as malas ou curte os netinhos (acho
que é só uma netinha). O impagável ex-presidente Lula joga a culpa da
deseducação brasileira nos portugueses (logo ele que diz que a história do
Brasil começou em 2003). O vice Temer diz nada temer (apesar do nome) e já faz
pose de Presidente. E os políticos, em geral, jogam os seus computadores e
celulares na lixeira e nunca usaram tanto os fornos das churrasqueiras para
queimar papel. Essa mandinga que persegue o país nem erva brava resolve!
Mas, voltando aos ladrões e vagabundos (não pense,
por favor, que o ‘voltando’ é pura ironia), esse grande setor econômico não
sabe como sair da crise. Os seus departamentos de marketing tentam inovar e
descobrir novos produtos de receitas. Outro dia, fui quase vítima de um novo
produto (o Disk Titio). Tocou o telefone lá de casa:
- Alô!
- (voz alegre) Meu tio, que saudade!
- Quem está falando?
- Poxa! Não reconhece mais a minha voz?
- Ah! Meu sobrinho Carlão! Como vai meu querido?
- Ando meio atrapalhado com umas coisas, mas vou
levando.
- E o seu pai, o ingrato do Inácio que não dá
notícia?
- Também está com dificuldades. Estamos precisando
de uma ajudazinha...
- Poxa! Lamento saber. Acho melhor você falar com o
seu tio.
- Mas é o que eu estou fazendo!
- Não está não! Eu não tenho irmão chamado Inácio e
sobrinho chamado Carlão.
- Pom, pom, pom.
E, parece perseguição, recebi outro telefonema:
- Alô!
- (voz chorosa) Pai, fui sequestrado, pai.
- Poxa! Faz o seguinte meu filho: liga para o meu
telefone especial de chamadas de sequestro, e liga urgente porque ele está
desocupado agora!
- Pom, pom, pom.
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