domingo, 14 de fevereiro de 2016

Depoimento de um agressor de mulheres

- Bem, então o senhor estava dizendo que chegou em casa...
- Pois é! Cheguei de viagem e quando entrei no quarto senti cheiro de homem.
- Cheiro de homem?
- Isso! Homem tem cheiro inconfundível! Aí, perguntei a ela: “Quem esteve aqui?”
- E ela...
- Ora, ela respondeu que ninguém tinha estado lá, o senhor sabe, são todas falsas!
- E o que senhor fez?
- Gritei com ela! Disse que ela era uma puta rampeira, sem vergonha, coisas do tipo.
- E o que ela fez?
- Começou a chorar e me agrediu!
- Agrediu como?
- Jogou um travesseiro na minha cara. Eu podia até ficar cego!
- E o que o senhor fez?
- Ora, tive que reagir! Dei-lhe um tapa no meio da cara.
- E ela?
- Ela caiu do lado da cama, mas segurando um lençol. A intenção dela era jogar o lençol em cima de mim!
- E aí?
- Aí é que, para me defender, dei-lhe um pontapé no meio dos cornos.
- E ela?
- Ela ficou caída lá no chão e começou a me chamar de filho da puta. Ofensa moral, doutor!
- E o que o senhor fez?
- Para defender a honra da minha mãe, dei-lhe vários chutes, pegassem onde pegassem.
- E ela?
- Aí ela parou de xingar e ficou lá deitada, chorando baixinho.
- Foi isso, então, que aconteceu?
- Exatamente isso, doutor! Como o senhor vê, eu apenas me defendi!

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