O Jornal O Globo, de 28/05/2012, veiculou matéria sobre o aumento do número de vereadores para o ano que vem. Segundo a matéria, o censo de 2011 mostra um acréscimo de 3.672 novas vagas de vereadores em 1.083 Municípios. Em todo o Brasil, o número de vereadores crescerá 7,1% sobre o total de 51.748 eleitos em 2008.
Por ser um jornal do Estado do Rio de Janeiro, a matéria mostra o crescimento de vereadores em alguns Municípios fluminenses:
Município
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Vereadores atuais
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Novas vagas
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Total em 2013
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Teresópolis
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12
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9
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21
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Volta Redonda
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14
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7
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21
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Niterói
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18
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7
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25
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Barra Mansa
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12
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7
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19
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Araruama
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11
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6
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17
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Belford Roxo
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19
|
6
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25
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Resende
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11
|
6
|
17
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Saquarema
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10
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5
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15
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São Gonçalo
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21
|
5
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26
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Cabo Frio
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12
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5
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17
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Macaé
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12
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5
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17
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Rio Bonito
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10
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5
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15
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O inchaço poderá ser ainda muito maior. De acordo com o levantamento efetuado pela Confederação Nacional dos Municípios mais 604 casas legislativas estão dispostas a aprovar o aumento do número de vereadores. Como se sabe, os próprios vereadores podem aprovar leis sobre a matéria.
O limite de gastos das Câmaras Municipais é limitado pela Receita Corrente Líquida dos Municípios. Varia de 3,5% a 7% de acordo com o número da população local. Em alguns casos, não se sabe de onde tirarão recursos para pagar os subsídios dos novos vereadores. Há, também, situações em que o prédio da Câmara não comporta mais gente: terão que construir um novo ou alugar novos espaços. E os novos vereadores vão precisar de assessores, auxiliares e outras coisas mais.
De onde, então, as Câmaras vão tirar dinheiro para cobrir os novos gastos? Bem, uma solução seria a de reduzir os subsídios dos vereadores, mas, convenhamos, eles ganham tão pouco que seria injusto reduzir os seus vencimentos.
O remédio, então, é aumentar a Receita Corrente Líquida dos Municípios. E uma das maneiras de aumentá-la depende dos próprios vereadores: evitar ou eliminar leis de absurdas isenções de tributos; deixar de lado aquele ranço político partidário e não mais bloquear projetos de leis modernas e eficazes que visam o aumento da receita, por motivos meramente partidários; e parar de vez com aquela mania de pressionar o Executivo com o intuito de beneficiar seus eleitores contribuintes. Ou seja, em vez de atrapalhar, ajudar o Fisco na arrecadação. Com todo respeito.
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