sábado, 1 de abril de 2017

A cobra e o vaga-lume

Tive a oportunidade de ler num jornal regional do Rio Grande do Sul a seguinte fábula, à la Esopo: Uma cobra perseguia tenazmente um vaga-lume, que tentava por todos os meios  escapar da venenosa serpente. Até que, exausto de fugir, o vaga-lume desistiu e entregou-se. Mas, antes do bote mortal da inimiga, o vaga-lume perguntou: “Senhora cobra, antes de me matar a senhora permitiria que eu lhe fizesse três perguntas?”. A cobra respondeu: “Não costumo permitir que as minhas vítimas falem alguma coisa, mas, vá lá, faça as suas perguntas”. E o vaga-lume perguntou: “Eu, tão pequenino, vou saciar a sua fome?”. A cobra respondeu: “Não”. O vaga-lume fez a segunda pergunta: “Eu faço parte da sua cadeia alimentar?”. E a cobra, novamente, “Não”. E o vaga-lume fez a última pergunta: “Então, por que a senhora me persegue de forma tão inclemente e impiedosa?”. E a cobra respondeu: “Porque a sua luz me incomoda”.
Moral da história: Por precaução, aconselha-se andar, de vez em quando, com farol baixo.

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