E vamos nós... O nosso planeta
tem uns 4,5 bilhões de anos de existência. Segundo cálculos de especialistas,
se a idade da Terra fosse enquadrada em horário de 24 horas, o tempo de existência
da raça humana no planeta seria, até agora, só de 22 minutos! Um ser humano,
que viva uns cem anos, teria sua vida calculada em décimos de segundo! Um
relance, mais breve que um susto!
Somos, portanto, uma fração da
fração temporal do Universo. Uma existência tão fugaz que nem se percebe, e
totalmente imperceptível ou nula de importância universal. Lamento dizer-lhes
meus amigos, que não somos nada!
Nossos olhos vasculham o céu sob a
preocupação de prováveis meteoros a nos atingir. No entanto, temor maior está
debaixo dos nossos pés: o interior do nosso próprio planeta. Pisamos na crosta
terrestre, a camada mais fina do subsolo, qual a espessura de um tapete. Abaixo
dela, uma permanente convulsão de fogo e lavas incandescentes. Em movimento
constante, essa massa explosiva provoca fissuras e, às vezes, abre caminho até
a superfície. Mas chegará o dia da hecatombe final. O apocalipse, quando a
superfície será destruída pela ação devastadora do nosso interior. Os
continentes se chocarão e um terremoto único acabará com tudo. Essa destruição
total é periódica e a contagem do tempo não para. Não podemos fugir dessa fatalidade.
Calcula-se que a próxima
catástrofe absoluta ocorrerá a milhares de anos na frente. Tranquilizem-se,
pois, mas não há como escapar de tal perspectiva. Afinal, para nós ainda faltam
milhares de anos; para o Universo, daqui a pouco, amanhã talvez.
Somos, então, os soberbos humanos
que se julgam superiores a tudo. Que se matam, se digladiam, que maltratam os
seus semelhantes, que acumulam riquezas inúteis. E, pasmem, ainda se julgam
semelhantes a Deus. E fingimos não perceber a fragilidade de nossas vidas.
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