O
jornal francês Charlie Hebdo diz textualmente em suas capas que é “Jounal Irresponsable”. Ou seja, é um
jornal que não assume as consequências dos seus atos. Um jornal que achincalha,
ofende e avilta as pessoas, escudado no tal direito de expressão. Mas, o
direito de expressão não abriga a ofensa e a difamação das pessoas.
Espertamente,
o jornal não calunia pessoas, mas, sim, as suas crenças, a sua fé, a sua raça.
Assim, procura impedir as ações judiciais de danos morais. Suas charges são
escabrosas! Numa delas, retrata a Santíssima Trindade em atos de sodomia. Em
outra, mostra a Virgem Maria dando à luz ao seu filho, Jesus. Não sou católico,
mas imagino que os que são devem se sentir indignados com essas escandalosas
ofensas à sua fé. E da mesma forma, os seguidores do islamismo também se chocam
com as garatujas grotescas do Profeta.
O
“jornal” Charlie Hebdo é racista, exalta o seu ódio às minorias, é xenófobo e
ridiculariza outras culturas e outros povos, tudo através das charges por ele
consideradas engraçadinhas e muito divertidas. E para tanto utiliza os
estereótipos dos que sofrem perturbações fóbicas. Um bando de malucos, muito
semelhante ao pequeno bando que acompanhava o início da caminhada de Hitler. Em
outras palavras, nem que a vaca tussa, je suis Charlie.
Evidente
que nada disso justifica o assassinato dos malucos. A dupla assassina não
tolerou as ofensas e resolveu dar um fim à paranoia desses pseudos jornalistas.
Um terrível erro! Mas não se deve achincalhar com a fé das pessoas, ainda mais
que essas pessoas não têm e nunca tiveram o direito de resposta. Resolveram
acabar com a sordidez usando a mais nefasta das soluções.
Sou
a favor da liberdade da expressão e, por consequência, da liberdade de
imprensa. Contudo, a imprensa deve assumir as consequências de suas
publicações. Um jornal responsável respeita-se. Um jornal que se diz
irresponsável, nem para uso no banheiro serve. E o pior é que agora todo mundo
está comprando essa porcaria.
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