Uma
perguntinha fácil: quando você tem uma ideia e ao tentar concretizá-la tudo sai
errado, o que você faz? Ora, você desfaz o erro e o corrige com uma nova
solução, não é mesmo?
Pois bem, a estrutura organizacional da polícia, no
modelo instituído no Brasil, já provou e comprovou que está totalmente errado.
Que essa ideia de separar polícia judiciária da polícia militar não deu certo.
Que essa ideia de que polícia é assunto da União e dos Estados, deixando de
lado os Municípios, foi um tremendo erro.
Por que,
então, não corrigi-lo? Por que não aproveitar as experiências de outros países
que deram certo?
As funções
definidas em lei municipal das Guardas Municipais beiram ao ridículo. Proteger
o patrimônio público... O patrimônio público merece maior segurança do que a
própria população? Na verdade, os Municípios não sabem o que fazer com a sua
Guarda. Alguns se limitam a tomar conta das repartições, outros de correr atrás
dos ambulantes, outros a controlar o trânsito e o tráfego, e alguns poucos de
ajudar a Polícia Militar na proteção das pessoas. E mesmo na situação de ‘ajudar’
a Polícia Militar, a Guarda é obrigada a se comportar como força auxiliar, apenas
de dar apoio aos policiais estaduais. Uma atividade subalterna.
Quando será que
as ditas autoridades políticas perceberão que o nosso modelo é um fracasso? Por
que insistir no que não deu certo? Por que não criar uma corporação única, com
promoções internas que permitam aos servidores policiais progredir em suas
carreiras? Por que não transformar a Guarda em Polícia Urbana? E, evidente,
dando-lhe todas as condições (materiais, financeiras e sociais) de poder
exercer condignamente tal função?
Bem, não sou
especialista em segurança pública, mas, pelo menos, quando cometo um erro,
procuro refazer o que está errado. Afinal, como se diz, errar é humano.
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