Eu dormia profundamente na total escuridão, até mesmo sem motivos para
sonhar, quando de forma repentina, como um clarão resplandecente, um vulto
iluminado surgiu das trevas inexpugnáveis, aproximou-se e disse essas palavras:
Faça dessas regras sua estrita
observância:
O controle das nações será
assegurado pela criação de gigantescos monopólios privados que serão os depositários
de riquezas das quais todos dependerão.
Crises econômicas atingirão
ciclicamente as nações, subtraindo-lhes o dinheiro colocado em circulação. As
riquezas serão por nós acumulada e dosaremos empréstimos aos Estados, de tal
modo que eles se tornarão nossos cativos.
As dívidas dos governos
tornarão os seus gestores corruptíveis, o que os deixará cada vez mais à nossa
mercê.
Nós apoiaremos a todos, não
importa a ideologia, e, particularmente, os operários. Ganharemos sua confiança e eles se tornarão
assim, para nós, um instrumento muito útil.
Supriremos dos homens sua
verdadeira fé. Modificaremos ou
eliminaremos os princípios das leis espirituais. A ausência dessas leis
enfraquecerá a fé dos homens, pois as religiões não serão mais capazes de dar
nenhuma explicação.
Preencheremos essas lacunas
introduzindo um pensamento materialista dirigido aos interesses exclusivamente
individuais.
Para ter domínio sobre a
opinião pública, leva ao povo a ignorância que sempre o confundirá.
A imprensa nos será uma boa
ferramenta para oferecer aos homens tantas opiniões diferentes que eles
perderão qualquer visão global e se perderão no labirinto das informações. E o
povo chegará ao ponto de não ter nenhuma opinião.
O povo perderá, cada vez mais,
o hábito de pensar por si mesmo e de formar o seu próprio pensamento. Ele
acabará pronunciando as palavras que desejarmos ouvir pronunciadas.
Suscitaremos nas pessoas uma
sede de luxo, a busca do impossível. Deste modo, fomentaremos os vícios, a
corrupção e o roubo.
Elas estarão presas na
armadilha do sistema antes de poder identificá-lo.
Destilando um sopro de
liberalismo nos órgãos de Estado, nós modificaremos todo seu aspecto político.
As eleições serão, para nós,
um meio de chegar ao trono do mundo, sempre fazendo crer ao modesto cidadão que
ele contribui para melhorar o Estado com a sua participação.
Ao mesmo tempo, reduziremos a
nada o impacto da família e seu poder educativo. E dedicaremos todos os nossos
esforços para impedir o surgimento de personalidades independentes.
Nosso sucesso, no tratamento
com os homens dos quais necessitamos, será facilitado por nosso modo de tocar
sempre o lado mais sensível da natureza humana, isto é, a cupidez, a paixão e a
sede insaciável de bens físicos e materiais.
Nosso poder reside também na
penúria permanente da alimentação. Agiremos sobre as massas pela carência, e
aproveitaremos a inveja e o ódio que disso resulta.
E antes de evaporar-se no espaço, o ser iluminado sussurrou:
“Diga apenas aquilo que os poderosos querem que tu saibas”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário