O Departamento de Recursos
Humanos da empresa enviou comunicado a todos os empregados:
“Pessoal! Comunicamos com muita
alegria que a nossa festa de confraternização será realizada no próximo sábado,
dia 17, no Clube Campestre Arroio de Xuí. Levem esposa e filhos! E não se
esqueçam de roupa de banho para usar na piscina do Clube. Início às 9 horas e
sem horário para terminar!”.
Um funcionário enviou resposta:
“A minha religião não permite festividades no sábado. Favor alterar a data”.
Recursos Humanos enviou nova mensagem: “Por razões religiosas, a nossa festa de
confraternização fica adiada para o próximo domingo, dia 18”.
Uma funcionária enviou resposta:
“O convite diz que as esposas e filhos podem acompanhar o funcionário. E as
funcionárias? Poderemos levar os nossos maridos? Isso parece coisa de
machista!”. Recursos Humanos enviou nova mensagem: “Atenção! Funcionários e
funcionárias poderão levar seus cônjuges, namoradas, namorados, companheiras e
companheiros, na festa de confraternização”.
Um funcionário enviou resposta:
“Não tenho carro e nem dinheiro do táxi para levar a família até o Clube
Campestre Arroio de Xuí. A empresa vai providenciar ônibus para transporte?”.
Recursos Humanos enviou nova mensagem: “Atenção! Todos irão à festa de confraternização
por seus próprios meios. A empresa não disponibilizará condução”.
Um funcionário respondeu: “Então,
é preciso que a empresa aumente o vale transporte, já que teremos de comparecer
no domingo”.
Outro funcionário enviou consulta:
“Esse dia de domingo para participar da festa de confraternização vai contar
como hora extra?”. Recursos Humanos enviou nova mensagem: “Atenção! A presença
na festa de confraternização no domingo não conta como hora extra de trabalho.
Afinal, ninguém vai para trabalhar”.
Outra funcionária enviou mensagem:
“A empresa tira a gente da nossa casa num domingo e não quer pagar hora extra?
Isso é um absurdo!”. Outro funcionário enviou mensagem: “Não sou casado, não
tenho namorada. Posso levar um amigo ou vamos sofrer o preconceito da
homofobia?”. E outra funcionária enviou mensagem: “A piscina vai ter proteção?
A empresa já explicou a certos funcionários (e funcionárias) que a piscina não
é lugar para fazer certas coisas? Ou vocês desconhecem que temos aqui na
empresa gente de toda laia e de todas as classes sociais?”.
Recursos Humanos enviou sua última
mensagem: “Cambada! Não vai ter mais festa nenhuma! Cada um que faça a sua
festinha particular! Ou que não faça nada! Que vão todos para o inferno!”. Por
causa dessa mensagem agressiva, o sindicato ingressou com ação de danos morais
e materiais. A Justiça do Trabalho concedeu prontamente.
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